Alex

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Não existe Pentecostes sem a Virgem Maria

Não existe Pentecostes sem a Virgem Maria


Queridos irmãos e irmãs!

Cinqüenta dias após a Páscoa, celebramos a solenidade de Pentecostes, na qual recordamos a manifestação do poder do Espírito Santo, o qual - como vento e como fogo - desceu sobre os Apóstolos reunidos no Cenáculo e lhes fez capaz de pregar com coragem o Evangelho a todas as pessoas. O mistério de Pentecostes, que justamente identificamos com este acontecimento, verdadeiro "batismo" da Igreja não acaba, porém, nisso. A Igreja, na realidade, vive constantemente da presença do Espírito Santo, sem o qual esgotaria suas próprias forças, como um barco à vela para o qual faltara vento. Pentecostes é renovado de um modo particular em alguns momentos fortes, tanto no âmbito local como no universal, tanto em assembleias pequenas como em grandes convocações. Os concílios, por exemplo, tiveram sessões gratificantemente especiais com o Espírito Santo, e dentre essas certamente está o Concílio Ecumênico Vaticano II. Podemos recordar, também, o célebre encontro dos movimentos eclesiásticos com o venerável João Paulo II, aqui na Praça de São Pedro, precisamente no Pentecostes de 1998. Mas a Igreja experimenta inúmeros "Pentecostes" que vivificam as comunidades locais: pensemos nas Liturgias, particularmente naquelas vividas em momentos especiais para a vida da comunidade, nas quais a força de Deus é percebida de maneira evidente, preenchendo as almas de alegria e entusiasmo. Pensemos em tantos congressos de oração, nos quais os jovens percebem claramente o chamado de Deus a sustentar sua vida em seu amor, também se consagrando eternamente n'Ele.

Não há, portanto, Igreja sem Pentecostes. E gostaria de acrescentar: não há Pentecostes sem a Virgem Maria. Assim foi no início, no Cenáculo, onde os discípulos "perseveraram na oração, com um mesmo espírito na companhia de algumas mulheres, de Maria, a mãe de Jesus, e de seus irmãos" - como nos Como nos refere o livro dos Atos dos Apóstolos (1,14). E assim é sempre, em todo o tempo e lugar. Também fui testemunha disto há poucos dias, em Fátima. Na realidade, o que viveu aquela imensa multidão, na esplanada do Santuário, onde todos éramos um único coração e uma única alma, não é um renovado Pentecostes? Em nosso meio estava Maria, a Mãe de Jesus. É esta a típica experiência dos grandes Santuários marianos - Lourdes, Guadalupe, Pompeia, Loreto - ou também do menor: lá onde os cristãos se reúnem em oração com Maria, o Senhor dá seu Espírito.

Queridos amigos, nesta festa de Pentecostes, nós também queremos estar espiritualmente unidos à Mãe de Cristo e à Igreja, invocando com fé uma renovada efusão do Paráclito divino. Nós a invocamos para a Igreja inteira, em particular, neste Ano Sacerdotal, para todos os ministros do Evangelho, de forma que a mensagem de salvação seja anunciada a todas as pessoas.


Papa Bento XVI

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