Alex

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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Por que preciso batizar o meu filho quando criança?

Por Pe. Paulo Ricardo. O Catecismo da Igreja Católica, em seus números 1250 e seguintes, explica claramente o motivo pelo qual a Igreja tem o costume de batizar as crianças, mesmo das que não chegaram à idade da razão: "Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tornar-se Filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento." (1250) Algumas pessoas, cujo modo de pensar assemelha-se aos dos protestantes, poderiam querer saber onde consta essa determinação na Bíblia. A eles, dizemos que a Bíblia é a Palavra de Deus e precisa ser estudada e amada como tal. Contudo, a Igreja Católica Apostólica Romana não é a religião de um livro. É a religião de uma pessoa real, concreta, Jesus Cristo, o qual permanece vivo ao longo desses dois mil anos em sua Igreja, que é embasada também na Tradição e no Magistério. Desta forma, "a prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando ‘casas’ inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças" (1252), é o que continua ensinando o Catecismo da Igreja Católica. O Batismo é o sacramento da iniciação cristã. Em 20 de outubro de 1980, o Papa João Paulo II publicou a Instrução da Congregação da Doutrina da Fé "Pastoralis Actio", justamente sobre o batismo de crianças. Eis: "As palavras... faladas por Jesus a Nicodemos, a Igreja sempre as entendeu assim: ‘as crianças não devem ser privadas do batismo’. Essas palavras têm, com efeito, uma forma tão geral e absoluta que os Padres as retiveram para estabelecer as necessidades do batismo, e o Magistério as aplicou expressamente ao batismo das crianças: também para elas , este sacramento é a entrada no povo de Deus e a porta da salvação pessoal. Por isso, mediante sua doutrina e práxis, a Igreja mostrou que não conhece outro meio senão o batismo para assegurar às crianças a entrada na eterna bem-aventurança... Que as crianças ainda não podem pessoalmente professar sua fé não impede que a Igreja lhes confira este sacramento, porque é na própria fé da Igreja que ela as batiza. Muito importa lembrar, antes de tudo que o batismo das crianças deve ser considerado uma incumbência grave. As perguntas que dela surgem para os pastores podem ser resolvidas somente com uma atenção fiel à doutrina e à prática constante da Igreja. Concretamente, a pastoral do batismo das crianças deverá inspirar-se em dois grandes princípios: 1 - O batismo, necessário para a salvação, é sinal e instrumento do amor da parte de Deus, que nos liberta do pecado original e comunica a participação na vida divina: por si, o dom destes bens às crianças não deve ser adiado. 2 - É preciso providenciar garantias para que este dom possa desenvolver-se mediante uma verdadeira educação da fé e da vida cristã, de modo que o sacramento alcance sua ‘verdade’ total. Estas garantias normalmente são proporcionadas pelos pais ou por parentes, ainda que sejam possíveis diversos modos de supri-las na comunidade cristã. Mas se estas garantias não são sérias, poderá haver uma razão para adiar o sacramento; se as garantias são certamente nulas, recuse-se o sacramento." (DH 4670-4674) O batismo é um sacramento e como tal, imprime um caráter indelével em quem o recebe, ou seja, imprime uma marca. O Código de Direito Canônico, reconhecendo, em uníssono com a Igreja, o define como: "Cân. 849 O batismo, porta dos sacramentos, necessário na realidade ou ao menos em desejo para a salvação, e pelo qual os homens se libertam do pecado, se regeneram tornando-se filhos de Deus e se incorporam à Igreja, configurados com Cristo mediante caráter indelével, só se administra validamente através da ablução com água verdadeira, usando-se a devida fórmula das palavras." E normatiza quanto ao batismo de crianças que: "Cân. 851: A celebração do batismo deve ser devidamente preparada: 2° - os pais da criança a ser batizada, e também os que vão assumir o encargo de padrinhos, sejam convenientemente instruídos sobre o significado desse sacramento e aos obrigações dele decorrentes; o pároco, por si ou por outros, cuide que os pais sejam devidamente instruídos por meio de exortações pastorais, e também mediante a oração comunitária reunindo mais famílias e, quando possível, visitando- as." A Igreja, portanto, entende a importância desse sacramento para a salvação da pessoa e procura garantir os meios necessários para que que isso aconteça, de fato. Mesmo que a pessoa - sendo criança - não tenha entenda a profundidade do que está ocorrendo, o que se dará numa etapa posterior, com a catequese. Aquele que não é batizado, mesmo sendo um bebê, encontra-se sob o poder do Inimigo, fora da graça de Deus. Como a mãe zelosa que é, a Igreja não poderia deixar de oferecer e ministrar o remédio - o batismo - aos seus filhos, garantindo que possam ser contados entre o número dos filhos de Deus. Para os protestantes, aqueles mesmos que querem saber onde está a determinação do batismo das crianças na Bíblia, o batismo é apenas um símbolo, não muda nada, não arranca a pessoa das garras de Satanás. Mas, para nós, católicos, o batismo é a porta da salvação, como diz o CDC. Por isso é tratado com a máxima gravidade. Os pais católicos que entendem a dimensão e a profundidade desse ato cuidam para que seus filhos o recebam o quanto antes. Já para aqueles que acham que é somente mais uma ocasião de festa, esses podem esperar. Mas esta, certamente, não é a fé católica. Fonte: http://padrepauloricardo.org/episodios/por-que-preciso-batizar-o-meu-filho-quando-crianca

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