Alex

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

As imagens

Uma das controvérsias levantadas pelo protestantismo é a questão das imagens como objetos de culto. Segundo eles a utilização das imagens seria algo detestável e configuraria idolatria. Na tentativa de defesa dessa posição evocam trechos do Antigo Testamento como Êx. 20, 4 e Deut. 4, 15 s. Os versículos que precedem as passagens mencionadas, assim como todo o contexto, demonstram que a proibição da confecção de imagens era referente àquelas cultuadas idolatricamente. O povo judeu era cercado de nações pagãs que praticavam idolatria. No entanto no mesmo livro do Êxodo Deus Manda Moisés fazer dois querubins de ouro batido para colocá-los sobre a arca da aliança (Ex. 25, 18-20), Manda ainda Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens diversas (1Reis 6, 23-25 e 7, 29). A proibição portanto era restrita às imagens idolatradas, não era uma proibição de caráter absoluto, mas relativo. As imagens são representações que nos recordam as realidades nelas expressas. Desde o Antigo Testamento, com os judeus, as imagens são utilizadas. Também os primeiros cristãos que foram discípulos dos apóstolos e perseguidos até a morte pelo Império Romano faziam imagens, como se vê nas catacumbas que eram usadas como lugar de refúgio por eles (nas quais há vários afrescos). As imagens são símbolos que adornam e conferem um aspecto sagrado ao local de culto e oração. São, além disso, fortes ferramentas de evangelização. Acusam também os protestantes que nós católicos damos muita reverência às imagens. Ora, quanto mais dignas e relevantes são as representações mais zelo se deve ter por elas, assim fotos de pessoas amadas são carregadas com mais carinho e respeito que outras com imagens de pessoas desconhecidas. Na Sagrada Escritura vemos que também as imagens, cuja confecção fora ordenada por Deus, são muito estimadas e reverenciadas: “Josué disse ao povo: Santificai-vos, por que amanhã o Senhor operará no meio de vós coisas maravilhosas. Depois falou aos sacerdotes: Tomai a arca da aliança e ide adiante do povo. Eles tomaram a arca da aliança e caminharam à testa do povo” (Josué 3, 5-6). A arca da aliança que tinha querubins de ouro (imagens) era levada de maneira muito solene (como nas procissões católicas): “ Os sacerdotes que levavam a Arca da Aliança do Senhor, conservavam-se de pé sobre o leito seco do Jordão, enquanto que todo o Israel passava a pé enxuto. E ali permaneceram até que todos passassem para a outra margem” (Josué 3,17). “Josué convocou os doze homens escolhidos, um por tribo, entre os filhos de Israel. E disse-lhes: Ide adiante da Arca DO Senhor, vosso Deus, ao meio do Jordão, e cada um de vós; segundo o número das tribos de Israel, carregue uma pedra no seu ombro” (Josué 4,4-5). “Colocarás a tampa sobre a Arca e porás dentro da Arca o testemunho que eu te der. Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a Arca da Aliança, que te darei todas as minhas ordens para os Israelitas” (Êxodo 25,21-22). “Sete sacerdotes, tocando sete trombetas, irão adiante da arca. No sétimo dia dareis sete vezes volta à cidade, tocando os sacerdotes a trombeta”. (Josué 6,4). “Dando ao povo esta ordem: Quando virdes a arca da aliança do Senhor, vosso Deus, levada pelos sacerdotes, filhos de Levi, deixarei vosso acampamento e vos poreis em marcha, seguindo-a.” (Josué 3,3). Nenhum católico em sã consciência considera a imagem um “deusinho”, nem acha que ela seja O Criador e Senhor do Universo, nem lhe oferece sacrifícios de animais (como os pagãos idólatras) achando que ela é habitada por divindades, portanto não há por que se falar em idolatria neste caso, já que idolatria é justamente prestar um culto de adoração (latria) a uma criatura. Nós católicos consideramos o valor dos símbolos e expressamos nossa veneração pelos anjos e santos, modelos de virtude, praticando desta forma gestos de extrema admiração (culto de dulia). Assim mantemos viva a memória daqueles cujas vidas foram Santificadas por Deus, Nosso Senhor. Louvado Seja Nosso Senhor e Deus Jesus Cristo! Glória AO Pai, AO Filho e AO Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre! Diogo dos Santos Ferreira Livre cópia e difusão com menção do autor.

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